segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Sou livre


Não sou branco ou preto, nem gay ou hétero;
Sou humano e não preciso de um rótulo para me encaixar na sociedade.
Em uma terra onde escolhemos ser branco ou preto,
Escolho ser cinza, não uma mistura dos dois, e sim nenhum dos dois.
Não preciso ser isso ou aquilo, não preciso de uma falsa felicidade;
Deixe-me ser uma metamorfose, deixe-me ser livre!
Livre de suas regras!
Livre de seus nomes e preconceito!
Não sou produto para ser rotulado.
Sou humano!

E como tal, sou o que quero ser!

j. Aeff

Príncipe



Em meio aos sorrisos de minha depressão;
Você surgiu com os corvos sobre sua cabeça indo até seu pescoço;
Oh doce príncipe da noite;
A luz de seu sorriso ilumina minhas angustias e sessa minha dor.
Com neve a baixo de suas vestes, faz de meu mundo cinza um arco-íris.
E o som de meu coração por ti pode ser ouvido ao me abraçar.
Meu príncipe da noite que aquece minhas manhãs.
Es o néctar de minha vida, existência de minha razão.

J. Aeff

Pecado



Nosso amor nunca foi uma tortura;
Porém ela é feita por ele.
Somos todos como anjos caídos;
 E minha condenação será te amar.

Entre ir ao reino do céu ou do inferno;
Em teu coração prefiro chegar.
Durante aqueles setes dias eu não fui;
Pois em teu pecado estava a trabalhar.

Semelhante a um sopro dado ao vento;
Lhe entrego esse sentimento de dor;
Pois essa escuridão ele estar a quebrar.

Penas negras das asas a cair;
Nesse último dia não irei descansar.
Pois nossa condenação será se amar.


J. Aeff

Frágil melodia



O som do meu coração, uma melodia está a fazer;
Não consigo ouvi-lo,  a dor não me deixa ver.
Não tenho pra onde ir, ou com quem falar;
Será que todo aquele amor não foi real?

Não consigo ver, não consigo sentir a dor estar a consumir.
Traição estar ao meu redor, e não consigo fugir.
Em gritos meu coração morre;
E não a ninguém que possa o acudir.

Fecho os olhos e paro para sentir.
Além da dor, os gritos a melodiar.
Sim, apesar de toda aflição;
 Posso ouvir a pobre e febril canção.

Ele não está mais a gritar, nem a cantarolar,
Sua canção em leves gemidos estar a se tornar;
Pobre coração, que morre sem ninguém o escutar.;
E por fim um solitário vazio este peito começa a carregar.



J. Aeff

Pleno fel



O doce néctar de seus lábios posso sentir.
Seu doce cheiro ainda insistir em existir.
Vagas lembranças e meu coração inflama.
 Infame memorias que só reclama.

Ho! Querido fel que se fia
Por que assola essa pobre alma?
Em outrora me amavas e desejavas
E agora vagas memorias endurece minha alma.

Essência doce que agora amagar
Existência que agora apena vaga
Sonhos que por fim se vão.

Alegrias construídas se despedaçam
Pois pisasses e maltratasses, e agora

Que no doce fel assim se acaba.

J. Aeff

Deixe-me voar



Não quero feito uma moça andar,
Quero correr, correr sem parar.
Não quero mais seguir regrinhas;
Chega disso e daquilo;
Deixe-me com meus próprios pés andar
Já estou cansada da sociedade seguir;
Não ligo para o que vão falar, sei que vou voar
Chega de teatro, de teatro.
A vida é bem mais que uma peça de palhaço.

Você vem com suas regras, digo que são bobas;
Você diz que sou louca, digo que vivo minha sanidade;
E ninguém vai me derrubar.
Chega de teatrinho, deixa a borboleta voar!
Voar para longe, voar para longe.

Você diz como devo me vestir e agir;
Eu digo que devo dança e de todo jeito me sentar.

Chega de andar, de salto alto vou desfilar;
E sobre a sociedade sapatear.

Chega disso e daquilo, deixa a borboleta voar.

J. Aeff


Opinião sincera



Não somos iguais, nem mesmo da mesma família;
Formos divididos entre certo e errados, entre bem e mal;
Temos caminhos diferentes, seremos julgados diferentes;
Vós-sois filho de Deus, e eu herdei o reino do inferno.
Eu vou para o inferno por quer não sigo “suas regras”;
Vou para inferno, por ser mulher, porém não submissa ao homem;
Vou para inferno por que as musicas que ouço me condenaram para lá;
Vou para o inferno por causa de minhas escolhas sexuais;
Vou para o inferno por respeitar a todos como iguais.
Vou para o inferno porque não faço parte de sua igreja,
Vou para o inferno por tem bons amigos que me ouve;
Vou para o inferno porque fui a uma festa?
Vou para o inferno por me vestir diferente.
Vou para o inferno por não seguir um padrão social;
Vou para o inferno por ter uma visão critica sobre o mundo;
Vou para o inferno porque não julgar as pessoas, simplesmente as amo;
Vou para o inferno, por independentemente de quem seja, eu ajudo.
Sabe por que vou ao inferno? Porque você é dono do céu.
Vou para o inferno pelo simples fato de seu deus me conhecer
E desde o ventre de minha mãe, me condenar para lá;
Vou para o inferno por ser diferente,
Vou para o inferno por não ser como você.


J. Aeff

Solitário



Em uma noite de lua minguante sentado sozinho ao relento ele estava;

Ao lado de um pilar encostado ficava; Próximo a uma antiga praça, com seus bancos de madeira e um forçado jardim em seu centro, que nunca o ajudava;

Iluminados pelas luzes amareladas dos postes que sempre altos estavam;

Sozinho e desamparado ali o garoto estava. E diante o luar sempre ficava;

Quando de repente um olhar sua atenção chamou;

Com um doce sorriso recebido seu coração disparou;

Pobre garoto que enfim a ele a paixão chegou;

Porém nada ele fez, a pessoa passou e aquele calor em vazio logo se tornou.

j. Aeff


Aurora



As plumas do destino estão a nos guiar;
Levemente uma brisa sopra a nos levar;
A todos que no amor desejam-se entregar;
Uma fase nova sempre virar para nos apegar.

Doces memorias, essa brisa quente traz;
Algo que desde outrora até hoje alegria faz;
As reais plumas do destino que só o amor traz;
E como a primavera e as estações tudo novo se faz.

Tendo em mente que nada é para sempre;
Que o fio do destino um dia irar mudar;
E como toda estação a vida ira se acabar.

Oh! Doce Aurora, quanta falta você me faz;
Esse frio inverno apenas saudades me traz;
E a leve pluma do destino apenas duvida me faz.
  

J. Aeff

Alvorecer

 


Essa noite escura que se segui logo, logo em luz se acabará;
Segure em minha mão, e vamos caminhar.
Todos tentaram nos derrubar, mas segure firme, pois com minhas asas iremos flutuar.
Com nossas garras iremos batalha, para sempre o mal derrotar.
Não importa o qual fraco e abatido estou à luz do seu sorriso iluminado meu caminho deixará.
Até que a nova luz do alvorecer possa despertar, toda dor temos que suportar.
Mas sua mão presa a minha, sempre quente minha alma deixará.


J. Aeff

A um velho e não esquecido amigo

 


Você me amou, mas logo se foi.
Mudou minha vida,
Disse que devia meu coração seguir;
Mas como um jarro de vidro ao chão,
Depois que partiu, meu peito se abriu;
Como uma folha no outono a cair,
Quais dos pedaços devo seguir?
Como migalhas ao chão, e você não está aqui.

As sobras da noite não me deixam dormir;
O ovário da tormenta a minha alma a lavar;
Essa água salgada dos meus olhos cai
Quando elas irão secar? Se sua voz aqui não está para me consolar.

Fosses engrado ao partir sem se despedir.
Como podes a morte seguir, se eu ainda estava aqui?

Condenado estou a apenas sombras seguir.
Como vultos de um futuro esquecido no passado.
Sem nem se quer um último adeus.


J. Aeff

As lagrimas do medo

 


Vivo a sonhar, vivo a imaginar, em meio a toda essa dor, ainda continuo a te amar.
As magoas do passado ainda me perturbam, ainda me causam medo;
Não sei se fui eu, ou foi você quem desgraçou nossas vidas;
Formos feitos um para o outro! Mas por que dessa dor? Por que desse sofrimento? Por que, por quê?
Apesar de todo esse medo, eu quero sonhar, eu quero, não! Necessito te amar.
Diga apenas que sim, e seja feliz.
Medo, medo, e mais medo, fizeram minha alma inflamar e as malditas lágrimas pelo meu rosto rolar:
Quem sou? Nem eu sei mais dizer. E o que eu quero? Você sabe me responder.
Seja meu e apenas meu!
Por que, por que e por quê?
Os curativos médicos não conseguiram curar o vazio do meu peito?
Todo aquele amor, todos os sonhos, eram apenas uma mascara usada pelo medo.
Nada passou de uma ilusão,
E a única que perdeu fui eu.

Pois não tenho mais um pobre coração.

J. Aeff

Sombras do passado

 

Lembranças de um passado perturba;
O frio ainda congela minha dura alma;
O gosto amargo da vida posso sentir;
E a culpa me aflige, minha podre existência.

Vivia feliz em verdes pastos ao sul da montanha;
Que outrora foram queimados por promessas.
O fardo que carrego, insiste em me machucar;
Os sonhos um dia vividos, agora apodrecem.

Vagas lembranças me permutam e tu desgraçada onde estás
Jurastes me amar, tudo lhe dei, e nada lhe deixei faltar
Jurei nunca te deixar, e com um beijo dissestes adeus.

O fel ainda se constrói em minha velha e cansada alma;
O doce de teu veneno em minha boca salva ainda está;
E agora apenas a triste lembrança de uma sombra me guarda.

J. Aeff